sábado, 5 de novembro de 2011

Capítulo 4: Culto dos Mortos nas várias culturas e nos diferentes PovosCulto dos Fiéis Defuntos






Conteúdo dos números 1-4




Preâmbulo.
1- Comemoração dos Fiéis Defuntos.
1.1 - No Rito Católico.
1.2 - No rito Bizantino (Comemoração Universal dos Pais).
1.3- Nas Igrejas Protestantes.
2- Comemoração da morte de um Defunto como indivíduo.
2.2- No Catolicismo.
2.3- Fundamento Bíblico.
3- Culto dos Mortos na Antiguidade.
4- Culto dos Mortos no Egipto.




Preâmbulo
Ao falar-se da Comemoração dos Fiéis Defuntos, entende-se uma Comemoração que abrange, de uma só vez, todos os amigos e familiares que já morreram e que, de alguma maneira, se supõe, terem necessidade de serem sufragados para que Deus os conduza, o mais rapidamente possível, à sua Glória.




1- Comemoração dos Fiéis Defuntos




1.1 - No Rito Católico





Na Igreja Católica esse dia celebra-se no dia 2 de Novembro, sendo conhecido também pelo nome de “Dia de Finados”. Recordamos, pois, os nossos Antepassados, tributando-lhes um determinado culto através de rituais que variam de Igreja para Igreja, mas que, substancialmente, incluem: visita aos seus sepulcros, oferta de flores, recitação de orações apropriadas, súplicas, sufrágios (obras boas, que se fazem em favor das suas almas). Oficialmente, nas Igrejas ou capelas celebram-se missas pelas suas almas que se compõem de leituras bíblicas[1] e de orações apropriadas cujos conteúdos se referem à misericórdia que se espera alcançar de Deus a seu favor.




1.2 - No rito Bizantino (Comemoração Universal dos "Pais")




No rito bizantino eslavo[2] os fiéis defuntos recebe o nome de Comemoração Universal dos Pais e celebra-se, de maneira geral e pública, em três ocasiões principais (ou maiores) durante o ano a saber:




No Sábado que precede o Domingo de Carnaval, antes da Grande Quaresma;
No Sábado que precede a festa da Santíssima Trindade ou Pentecostes;
No Sábado dos “Pais”, ou de São Demétrio[3] (antes de 26 de Outubro).




Mas, se na Igreja Russa, além destas três datas maiores de finados, existem ainda várias outras datas menores: o segundo, terceiro e quarto sábado da Grande Quaresma.




Por “Anatólia” (do grego Aνατολή (Anatolē) ou Aνατολία (Anatolía), que significa "brilho do sol" ou "leste". compreende-se toda a região que hoje se denomina “Turquia” e biblicamente se chamava “Ásia Menor” (Μικρά Ασία), sendo μικρά a forma feminina do adjectivo grego μικρός (pequeno).




Os “Balcãs” Os Bálcãs, ou Balcãs, ou ainda Península Balcânica, é o nome histórico e geográfico para designar a região sudeste da Europa que engloba a Albânia, a Bósnia e Herzegovina, a Bulgária, a Grécia, a República da Macedónia, o Montenegro, a Sérvia, o Kosovo, a Croácia, a Roménia e a Eslovénia.




1.3- Nas Igrejas Protestantes




Os Protestantes, pelo contrário, não reconhecem a Comemoração dos Finados como uma celebração, pois alegam não ter fundamento na Bíblia. Negam, inclusivamente, o 2º Livro dos Macabeus que tem servido como argumento para tal comemoração entre Ortodoxos e Católicos.
Este Livro (escrito originalmente em grego) reflecte o clima de perseguição contra a fé judia, orquestrada pelos Selêucidas que sucederam a Alexandre III da Macedónia, morto em 323 a.C.


Após a morte de Alexandre de Macedónia, o seu império ficou sendo administrado por Pérdicas, com o título de Quiliarca, detendo igualmente a autoridade militar. Por seu lado Cratero fica como regente do império, controlando as finanças (pelo menos na Ásia) e Antipater que governava a Macedónia desde a partida de Alexandre, fica encarregado dos negócios da Europa e, por conseguinte, da Macedónia.


O Governos das Satrapias foi distribuído da seguinte maneira:


Ptolomeu, filho de Lagos, ficou a administrar o Egipto que incluía a Cirenaica (Líbia) e a Arábia;
Euménio de Cárdia, ficou com a Anatólia central e nórdica (Capadócia e Paflagónia);
Antígono Monoftalmo ficou com a Anatólia do Sul (Grande Frígia, Lícia, Panfília);
Lisímaco ficou com a Trácia;
Antipater ficou com a Macedónia.


Daí em diante, as coisas, porém, não se processaram como era de desejar. Em 312 a.C. Ptolomeu vence o filho de Antígono, Demétrio Poliorceta, em Gaza, e Selêuco reconquista a sua satrapia babilónica, estendendo-a até os confins orientais da Pérsia. Eliminados os herdeiros naturais, os Diádocos, acabam de vez com a unidade do Império, e procuraram proclamam-se reis. O império, no ano de 306 a.C. ficaria, assim dividido:


Cassandro passou a governar a Macedónia (306-297 a.C.);
Selêuco seria rei da Babilónia e da Síria (306-281 a.C.):
Antígono (306-301 a.C.) e Demétrio Poliorceta (306-286 a.C.): reis da Celessíria;
Lisímaco rei da Trácia (306-281 a.C.).
Ptolomeu proclamou-se rei em 305 a.C., (o único que se proclamou rei), fundando a dinastia dos Lágides, com sede em Alexandria e governou, como tal, até 282 a.C..

Em 301, Cassandro, Selêuco e Lisímaco fizeram uma aliança contra Antígono Monoftalmo e vencemvenceram-no na batalha decisiva que teve lugar, em 301, perto de Ipso (ou Isos), na grande Frigia. Assim terminou a pretensão de formar um império que unisse toda a Europa. Após esta batalha procedeu-se a uma segunda divisão do império de Alexandre, sendo ela a seguinte:

Lisímaco ocupou a Ásia Menor,
Cassandro, a Macedónia,
Selêuco, a Síria,
Ptolomeu, o Egipto e a Celessíria.


Ainda, assim, Selêuco tentou ficar com a Celessíria, mas Ptolomeu não a lha entregou. Não conseguindo que Ptolomeu lhe entregasse a Celessiria, Selêuco fundou Antioquia, em 300 (a.C.), para ser a capital de seu reino.


A extensão do Império dos Selêucidas e dos Ptolomeus, chegou a estender-se desde o Mar Egeu até ao Afeganistão, vindo a congregar, numa só cultura helenista, Gregos, Persas, Medos, Judeus, Indianos e muitos outros.




Para Católicos e Ortodoxos o culto prestado aos defuntos que morreram no Senhor é fundamental e está de tal maneira arraigado nos corações da população que parece mais um sentimento natural do que um acto litúrgico imposto pelas Igrejas. Poderá, inclusive, falar-se de um sentimento pré cristão ou de um sentimento que se encontra generalizado em muitos outros povos com tradições e religiões bastante diferentes das que nos foram transmitidas pelos nossos avós e que nos convida a olhar para os nossos mortos como para entes queridos que continuam ligados a nós e à espera que nos lembremos deles continuamente, e não apenas no dia que lhes foi consagrada oficialmente pela Religião.




Deste mesmo sentimento falava Shigueo Kamata, Professor e Doutor em Literatura da Universidade de Tokyo quando escrevia estas belíssimas palavras:
“… o culto aos antepassados é básico para expressar a nossa gratidão às graças recebidos, assim como é básico para a prática diária do caminho do Bodsattva[4]. Por isso, a oração aos antepassados deve ser praticada diariamente. Eu sinto que o antepassado é o meu espelho. Assim, diante do meu altar familiar, quando estou em oração, sinto que, com os ancestrais, toda a minha alma vibra automaticamente, surgindo sentimentos de gratidão que me fazem dizer: "Muito obrigado por mais esta oportunidade de acumular virtudes de família" e com auto confiança, enfim, transbordando um sentimento profundo de amor ao próximo, de que transcende a diferença de raças entrelaçando naturalmente o caminho para a paz mundial”[5].




2- Comemoração da morte de um Defunto como indivíduo singular




2.1- No rito Bizantino




No rito Bizantino a recordação de um defunto celebra-se no terceiro, nono e quadragésimo dias, após a morte. Este costume baseia-se numa história atribuída a São Macário, segundo a qual um Anjo lhe revelara a razão porque o culto aos mortos se deveria celebrar nessas três datas. A resposta do Anjo foi a seguinte:




Celebra-se ao terceiro dia para recordar o Mistério da Santíssima Trindade e a Ressurreição de Cristo que teve lugar ao terceiro dia;
Repete-se no nono dia para que os falecidos possam unir-se aos nove coros angélicos na bem-aventurança eterna;
Finalmente torna a comemorar-se no quadragésimo dia da morte para lembrar os quarenta dias da vivência de Jesus entre os seus discípulos após a Ressurreição até ao momento da Ascensão à Glória do Pai.




A estes três momentos, acrescentam-se, ainda, outros dois:




No dia do Santo do seu nome;
No aniversário do falecimento que, além de ser comemorada a morte, se aproveita a ocasião para em união com todos os amigos e familiares se comer, num sagrado convívio ou ágape, o kólivo ou kutiá, isto é, o trigo cozido ou arroz-doce com passas e mel, que simbolizam a doçura da vida e a felicidade celestial que está reservada aos que se esmeram em cumprir a lei de Deus.




É esta comemoração/convívio, de carácter social, que São Macário de Alexandria menciona como sendo recebida dos antigos padres e que já era conhecida no século VII.




2.2- No Catolicismo




No Catolicismo observam-se esses costumes, com algumas variantes relativamente às datas. Se o sétimo dia, também aqui, é celebrado, dizendo-se inclusive que se seguiu o costume ortodoxo, já o 40º dia foi substituído pelo 30º dia. Além destes dias costuma comemorar-se também o dia da morte e, nalguns lugares, o dia do onomástico ou do nascimento. Resquícios destes costumes poderão encontrar-se no Sacramentário do papa S. Gelásio[6], que ocupou a Sede de Pedro desde 1 de Março de 492 até ao dia da sua morte, ocorrida a 21 de Novembro de 496.




2.3- Fundamento Bíblico




Este costume de orar e comemorar os defuntos, tanto a nível colectivo, quanto a nível individual, tem um fundamento bíblico muito bem atestado em livros que são admitidos como inspirados, tais como nos livros do:


Eclesiástico (22, 10-13),
Génesis (50, 10),
Números (20, 29),
Deuteronómio (34,8).


No livro do Eclesiástico, capítulo 22, versículos 10-13) lê-se o seguinte texto:
"Chora sobre o morto, porque lhe faltou a luz
Chora sobre o insensato porque lhe falta o siso.
Chora pouco sobre o morto, porque ele entrou no descanso;
Mas a vida criminosa do insensato é pior do que a morte.
O pranto sobre o morto dura sete dias,
Mas sobre o insensato e o ímpio dura toda a sua vida". (Soares, 1964, p. 780).




No livro do Génesis, capítulo 50, versículo 10, ao tratar-se da morte e enterro de Jacob, diz-se que a comemoração do seu enterro durou sete dias: "E chegaram (José, seus irmãos e grande concurso de povo, com o corpo de Jacob) à eira de debulhar o trigo, em Atad, do outro lado do Jordão, onde gastaram sete dias a celebrar as exéquias com um pranto grande e profundo".
Soares, 1964, p. 74).




A comemoração do trigésimo dia baseia-se numa passagem do livro dos Números (capítulo 20, versículo 29) que narra a morte de Aarão, irmão de Moisés e autoridade máxima no plano religioso: "E toda a multidão, vendo que Aarão tinha morrido, chorou por ele com todas as suas famílias durante trinta dias". (Soares, 1964, p.181).Este mesmo número de dias foi obaw«ervado aquando da morte de Moisés, como se lê no livro do Deuteronómio (capítulo 34,8): "E os filhos de Israel o choraram na planície de Moab durante trinta dias, e completaram-se os dias do pranto dos que choravam Moisés" (Soares, 1964, p. 238).




No Culto cristão, o dia dos defuntos é um dia de esperança na ressurreição e de íntima comunhão com aqueles que, segundo S. Cipriano, “não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente”.




3- Culto dos Mortos na Antiguidade




As religiões, ditas “primitivas” comungam todas de alguns elementos que são considerados fundamentais, tais como:




Atribuição de forças anímicas aos seres da natureza;
Crença em génios benignos e malignos (duendes, fadas, feiticeiras, bruxas, espíritos benéficos e maléficos (demónios, etc.);
Prática da magia, de adivinhação e de feiticismo;
Práticas curativas de doenças através de poderes especiais, rezas, feitiçarias, etc. várias espécies; Prática de ritos de iniciação, onde entram provas físicas e sacrifícios;
Utilização de estados de transe e de danças rituais;
Prática de sacrifícios cruentos de animais e/ou de seres humanos;
Prestação de culto a uma divindade (monoteísmo) ou mais que uma divindade (politeísmo).
Prestação de um culto especial aos espíritos dos antepassados.




Ora, estas características encontram-se nalgumas religiões, ainda existentes nos nossos vários Continentes: Europa, África, Ásia, América, Oceânia. E, se é certo que algumas culturas, religiões e populações desapareceram, destruídas ou substituídas por povos, culturas e religiões diferentes, e que se impuseram por se dizerem mais verídicas e mais cultas, ou as únicas verdadeiras e as únicas com uma verdadeira cultura, algumas houve que resistiram ou se deixaram assimilar em condições privilegiadas.




Talvez tenha sido o culto dos mortos o primeiro ou um dos primeiros cultos a preocupar o homem, uma vez que o fenómeno da morte de um ser que lhe era mais próximo (um familiar, um amigo com quem tinha convivido) o tenha confrontado com a possibilidade de uma vida para além da vida que, ali e nesses momento tinha deixado o convívio dos vivos. Nessas circunstâncias e morte teria colocado os vivos frente a um mistério que os deveria inquietar e perseguir com frequência. Daí nascer em si o medo, o respeito e a veneração por todos os familiares que já tinham morrido terem chegado a considerá-los espíritos viventes, embora numa outra dimensão e de outra maneira, porém, aqui na terra, visto que não tinham conhecimento de outro lugar.




Além da morte, outros fenómenos inexplicáveis e de maneira nenhuma controláveis tais como a doença, os tremores de terra, os maremotos, os vulcões, etc, colocaram-lhe a interrogação sobre a existência de seres poderosos e superiores a si que tinham o poder de intervir dessa forma na Natureza. E, se eles existiam, como chegou a admitir, esses seres superiores demandariam subserviência, o que teria originado um culto ou adoração.




O culto prestado aos deuses personificados, tais como Cronos e Zeus (Grécia); Saturno e Júpiter (Roma); Bel e Astarte (Semitas e Mesopotâmia) Eloim ou El (Semitas e Hebreus), a trindade formada por Brama, Vishu, Shiva (Índia); Rá/Sol, Toth/Lua e Anúbis, deus dos mortos (Egipto), etc., representaria uma fase ou estádio muito posterior na formação teológica das diversas religiões.


4- Culto dos Mortos no Egipto




Desde o ano 4.400 a.C. , pelo menos, existiu a crença na Ressurreição, na vida futura, numa vida para além do túmulo, na natureza divina e no julgamento moral dos Mortos, como é demonstrado pela existência do célebre LIVRO DOS MORTOS cujo verdadeiro nome é "SAÍDA PARA A LUZ DO DIA", constituindo o 1º livro da humanidade, até hoje conhecido.




Neste livro descrevem-se os vários caminhos e obstáculos que o Morto deverá vencer e ultrapassar para se transformar num Espírito Santificado: terá que “cruzar os 21 pilares, passar pelas 15 entradas, e cruzar 7 salas até chegar à presença de Osíris e fos 42 juízes que irão julgá-lo”. Assim, o defunto depois de ter vencido todas estas provações e de ter transposto as “Portas da Morte”, entrará no Amenti (morada dos deuses). Antes da partida, o morto é preparado por Anúbis, de modo a que tudo vá em ordem:De seguida é transportado num Barco até Amenti, morada dos deuses.




Um vez aqui chegado, será recebido por Osíris, filho de Geb, a Luz, e de Nut, a noite que, “tendo atrás de si as suas irmãs e esposas, Isis e Néftis, o contempla impávido, imóvel e enigmático. Entretanto, Horo conduz a alma é conduzida à presença de Anúbis que verifica o fiel da balança e nela pesa o coração do defunto,”junto a uma pena, na presença da deusa da Justiça/Verdade, Maât, que não toma parte no julgamento, e mais os 42 deuses (cada um representa um nome do Egipto) e, diante de cada um, o falecido o interpela pelo nome e declara não ter cometido determinado pecado é a "Confissão Negativa" do papiro de NU (os Mandamentos)” que determinam o seguinte:


"Nada surja para se opor a mim no julgamento,
Não haja oposição contra mim na presença dos príncipes soberanos,
Não haja separação entre mim e ti na presença do que guarda a Balança.
Não deixes que os funcionários da corte de Osíris (cujo nome é "O Senhor da Ordem do Universo" e cujos dois Olhos são as 2 deusas irmãs, Ísis e Néftis) estipulem as condições da vida dos homens,
Nem que o meu nome cheire mal.
Seja o Julgamento satisfatório para mim,
Seja a audiência satisfatória para mim,
Tenha eu alegria de coração na pesagem das palavras.
Não se permita que o falso se profira contra mim perante o Grande Deus, Senhor de Amenti".


Após pesagem que é feita também por Anúbis e após a defesa e a leitura destes mandamentos (segundo um texto da época de Mencau-Ra (Miquerino dos gregos) 3.800 anos antes de Cristo, da IV Dinastia), vem o veredicto que é anotado por Toth (deus da sabedoria) e dirigido aos deuses nos seguintes termos:
"Ouvi esse julgamento, ............verificou-se que ele é puro, ............ e ser-lhe-ão concedidas oferendas de comida e a entrada à presença do deus Osíris, juntamente com uma herdade perpétua no Sekht-Ianru, o Campo de Paz (Paraíso), como as que se consideram para os seguidores de Horo".O medo do desconhecido foi a causa que impulsionou o homem, apavorado com os trovões e raios, terramotos e vulcões, para um ser superior a ele, que assim se manifestava sobre as coisas que estavam à sua volta [7].


Notas


[1] Neste dia de Fiéis Defuntos é permitido celebrar três missas, diversificando-se os textos bíblicos e as orações introdutórias ou antífonas desta maneira: 1ª Missa - Job, 19, 1 e 23-27; 2Cor. 4,13-51 ; Mt. 11,25-30 ; 2ª - Missa 2 Mac. 12,43- 45 ; Luc. 7,11-17 ; 3ª Missa - 1 Tes.4, 13-14.17b-18 ; Jo. 6, 37-40).
[2] “'Bizantino é o nome que dão ao Rito que, tendo derivado dos costumes litúrgicos já conhecidos em Antioquia no séc. IV, se foi desenvolvendo em Constantinopla (Bizâncio) sob o dúplice influxo das basílicas imperiais e dos mosteiros, até aparecer, no século IX, substancialmente igual ao rito actual. O Rito Bizantino, do Patriarcado de Constantinopla, difundiu-se em todas as províncias eclesiásticas dependentes na origem de tal patriarcado (Anatólia, Balcãs, Ucrânia, Rússia) e, desde o século XI substituiu os ritos já existentes nos patriarcados ortodoxos de Antioquia, Alexandria e Jerusalém. Em todas estas regiões há grande uniformidade litúrgica, embora com pequenas variantes. A diferença mais sensível é a da língua e, mais ainda, da música. Língua originária do rito é o grego antigo, mas desde cedo começou a ser usada a língua georgiana e, nos países eslavos, no século XI, a língua eslava antiga ou páleo-eslavo. Mais tarde foi introduzido o uso da língua romena, árabe e outras línguas modernas” [On line][http://www.caminhonovo.org/modules/news/article.php?storyid=114).
[3] Nascido na cidade de Salônica (Norte da Grécia) e martirizado por volta do ano 306, sob a perseguição Galerius Maximianus - Imperador do Oriente entre os anos 305/311 d.C.).
[4] Estamos, pois, perante uma teologia Budista e pré cristã na qual o termo “a caminho do bodsattva” foi usado por Buda no Cânone Páli para se referir, tanto à sua vida interior, quanto à sua última vida como um novo homem antes da sua iluminação.
[5] Shigueo Kamata Professor e Doutor em Literatura da Universidade de Tokyo [On line] [Consult 14-10-2011] Disponível em: http://www.rkk.org.br/Ensi13_Cult.html.
[6]Papa italiano, arquidiácono durante o pontificado de São Félix III e seu principal sustentáculo, este papa deu continuidade às disposições e doutrina do seu antecessor. O seu papado ocorreu de 1 de Março de 492 a 21 de Novembro de 496. A sua família tinha origem africana, tendo contudo Gelásio nascido na cidade de Roma.
Foi o primeiro Papa a usar o título de "vigário de Cristo" e a inserir o Kyrie Eleison na celebração litúrgica. Foi ele, também, que convocou o sínodo de 494, no qual se estabeleceram normas para a catequese dos fiéis e ordenação dos presbíteros.
Uma vez que este papa considerou a teologia um pilar fundamental da Igreja, escreveu o Decretum Gelasianum onde explicitou, não apenas a lista dos livros Apócrifos, mas também a dos livros do Novo Testamento considerados canónicos.
Ordenou igualmente o primeiro Censo (Liber Censuum) das propriedades da Igreja e dos seus produtos, para que se soubesse qual a extensão desses bens, de modo a que eles servissem para aliviar a fome aos refugiados que tinham acorrido a Roma devido à invasão de Teodorico, rei dos Visigodos (invasões bárbaras, ou período das migrações, de vários povos que ocorreu entre os anos 300-900 a partir da Europa Central e que se estenderia a todo o continente europeu). Segundo as suas determinações, as rendas das propriedades eclesiásticas deveriam ser divididas em 4 partes iguais: pelo papa (para exercício da caridade), para o clero, para os pobres e para as igrejas. Ficou devendo-se a esta medida que o trigo da Sicília e da Sardenha alimentou o povo romano nesta época conturbada. [On line] [Conslt 26-10-2011] Disponível em: http://www.infopedia.pt/$s.-gelasio-i.
[7] [On line] [Consult 14-10-2011] Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=673

Sem comentários:

Enviar um comentário