sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Capítulo 18 Religião na Suméria em particular




 Conteúdo


. 25

1- Nome e Geografia da Suméria

O termo "suméria“, aplicado à região sul da Mesopotâmia, provém da palavra acádica Shumer (Shinar, na Bíblia) que é bem diferente da palavra que os próprios nativos utilizavam para designarem essa mesma região. Este termo (Shumer) foi-lhe atribuído pelos acádios que constituíam grupos nómadas do deserto da Síria quando penetraram nessa região, vindos do norte. Pelo contrario, o termo utilizado pelos povos nativos era o de KI-EN-GI, o lugar dos senhores civilizados que, por sua vez, se auto-descreviam como os SAG-GI-GA (o povo de cabeças negras).

Na Bíblia encontra-se o termo correspondente Shinar, como já foi referido, enquanto no Egipto se utilizava o nome de Sangar. Fixaram-se no sul da Mesopotâmia, embora não pertençam ao grupo semita. Os seus antepassados ou proto-sumérios vieram do Norte da Mesopotâmia, ou seja, do actual Curdistãoem busca de terras férteis como eram as terras entre os rios Tigres e Eufrates, sobretudo a região da foz desses dois cursos de água que se tornaram proverbiais.

Regiãodo Curdistão[1]

Segundo dados da arqueologia moderna, esta civilização data dos meados do IV milénio, isto é, do ano 3500 a.  C. Entre as várias cidades que formavam a Suméria inicial encontram-se: Kish, Nipur, Lagash, Uruc (Erech), Ur e Eridu.

Situação das principais cidades da cultura suméria durante o período dinástico arcaico[2]
Cidades posteriores da Suméria[3]


Mapa actual da Mesopotâmia[4]

2- Cosmogonia e teologia sumérias e seu eco no Cristianismo

Os Sumérios adoravam vários deuses e deusas que eram imaginados sob formas antropomórficas e aos quais atribuíram as forças e qualidades do mundo físico que formavam o seu habitat quotidiano.Assim imaginados segundo as suas próprias categorias mentais, as divindades sumérias imaginadas foram também  consideradas e representadas à maneira dos próprios humanos, que se classificavam como reis, príncipes e subalternos de várias espécies.
Assim, consideraram que os deuses sumérios criaram os Anunnaki. Estes podem ser encontrados sob a forma Anunna, Anunnaku, Ananaki, Igigi e formavam um grupo de divindades sumérias, acádicas e babilónicas que estavam abaixo dos deuses principais e tinham por função servirem os seus criadores.Mas, a dado momento, estes Anunnaki revoltaram-se e tiveram de ser substituídos por outros seres inferiores que vieram a ser os humanos[5].
Black, Jeremy and Green, Anthony[6] têm uma opinião diferente acerca destes Anunnaki, pois consideram que, no tempo do império Babilónico Médio, indicavam um nome colectivo com o significado de “deuses do céu”, e/ou de “deuses do sub mundo”, sendo, por esta razão que o poema épico de criação refere a existência de “300 lgigu do céu”.
É curioso notarmos que a cosmogonia e teologia sumérias encontram semelhanças nas cosmogonias e teologias, não apenas dos povos do médio oriente, como noutros povos do globo. Um exemplo concreto é a narração do dilúvio no tempo de NOÉ que se encontra tanto entre os Acádios, Cananeus e Assírios, como entre os Hebreus (cuja fonte principal é a Bíblia hebraica, especialmente os capítulos 6 a 9 do livro do Génesis) e muitos outros povos que sofreram as influências d e uns e ode outros.

2.1- Descida de Inanna (Ishtar) ao submundo

Também existem histórias de descidas de deuses ao sub mundo ou subterrâneo (Infernos) como, por exemplo a descida de Innana ao sub mundo, descidas estas que vamos encontrar
  1. Tanto na cosmogonia e teologia greco-romanas:
a)- Entre os Gregos, por exemplo no mito de Perséfone, Perséfone ou Koré;
b)- Entre os romanos na figura da deuss Proserpina ou Cora, considerada filha de Zeus e da     Deusa Deméter),
  1. Quanto na Tradição e teologia Cristãs, as quais ensinam que Cristo desceu aos Infernos, como se pode ler num escrito apócrifo e num canónico.

2.2- Descida aos Infernos na Tradição Cristã

No Evangelho Apócrifo de Nicodemos (II século). Este Evangelho apócrifo é composto por dois textos apócrifos, ou seja, pelos Actos de Pilatos e pela Descida de Cristo ao Inferno (cap0. 17-27). Embora tenham sido escritos em datas diferentes eles foram unidos num único documento ou Evangelho, é muito antigo, pois dele falou já São Justino, no ano 150 d. C[7]; Nestes capítulos presume-se a entrada de Cristo no Tártaro (nome grego para significar o mundo inferior dos gregos) e um diáçlogo travado entre Hades (o príncipe do mundo inferior ou dos mortos) e Satanás[8].
O mundo primordial, segundo a Mitologia Grega

2.3 - Cristo, efectivamente, desceu aos “infernos”

Esta mesma tradição é, por muitos, baseada também num livro canónico, no livro dos Actos dos Apóstolos, no capítulo 2, versículo 31 onde se lê que Cristo: “"padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado (…) e ressuscitou ao terceiro dia[9]”.
Notemos, no entanto, que a doutrina bíblica não ensina que Jesus Cristo desceu ao “Inferno”, enquanto este é considerado o “lugar de suplício dos maus”, mas sim às profundezas da terra, como assim era entendido pela palavra e tradição hebraicas Sheol, que, em latim, se deve traduzir por “inferos” e, em português, por “mundo inferior”, ou “subterrâneo.
Vejamos os textos bíblicos que suportam esta tradição:
Jesus morreu, foi enterrado e ressuscitou

Jesus
Morreu
Foi enterrado
Ressuscitou
Act. 2,22-23
Jo.19,38: Segundo os usos e costumes judaicos
Act. 2,24
Act. 2,13-14
Ef 4,9-10: Jesus desceu às profundezas da terra. Aquele que desceu é também aquele que subiu.
Act. 2,15
Act. 4, 10
1Pd 4,6: A boa nova foi anunciada aos mortos
Act. 4, 10
Act. 10,39
1Cor 15,20: Jesus ressuscitou dentre os mortos
Act. 10,40

1.      No Capítulo II, Artigo 5º do Catecismo da Igreja Católica, ensina-se a descida de Jesus à morada dos mortos, citando o texto de Efésios 4,9-10 que diz:

        Jesus desceu às profundezas da terra. Aquele que desceu é também aquele que subiu (Ef 4,9-10).

2.      O Símbolo dos Apóstolos confessa, como doutrina  de fé:

        a descida de Cristo aos Infernos,

        sua Ressurreição dos mortos no terceiro dia,

        e que é da sua morte que ele fez jorrar a vida:

3- Cosmogonia suméria

3.1- Aparecimento dos deuses

O aparecimento dos deuses, segundo a cosmogonia suméria, teve o seu começo quando o Abismo/Caos sem forma, se enrolou em si mesmo e se auto criou como a NAMMU[10], a deusa-mãe.
Nammu[11]
 

Por si própria e sem o concurso masculino, esta deusa, gerou os deuses principais que foram:
AN (ou ANU) que passou a chamar-se Deus do Céu,
ANTU (Ki), a Deusa-Terra e
ZURI, o Deus do Equilíbrio
ENKI, o deus do abismo aquático ou Asbu que controlava também os “decretos sagrados”, chamados ME pelos quais eram governadas as “coisas básicas, como a física e complexas como a ordem social e a lei”.
Da união entre AN e ANTU (KI) veio à luz ENLIL (deus do ar e dos Ventos) que se tornou. o chefe do Panteão sumério, passando o local da morada dos deuses a chamar-se DILMUN.

ENLIL violentou NINLIL da qual nasceu um filho, chamado NANNA (ou INNIN, INNINI), o deus-Lua, que, mais tarde, viria a ser conhecido pelo nome de SIN ou SINNU.

ZURI, revoltando-se entretanto, contra o abuso de Enlil, criou uma nova morada debaixo da terra que seria uma dimensão neutra, para onde foi banido Enlil que, por sua vez, e durante o tempo do desterro, teve ainda três filhos, dos quais, um se chamaria NINURTA (NIN-UR: deus da guerra e principal deus da cidade de Lagash que foi identificado com NINGIRSU e ainda outro chamado NERGAL.

NINURTA passou ter, como deus, uma grande importância na Suméria e a sua figura perdurou, inclusive, na Bíblia Hebraica (Génesis, cap. 10: 8-12 e 1 Crónicas, cap 1:10, assim como no Profeta Miqueias, 5,6), como estando relacionado com a personagem Nimrod[12] (em hebr. נִמְרוֹד, que foi tido por filho de Cush, avô de Noé e Rei de Shinar.
O Deus guerreiro Ninurta[13]
Baseada na Bíblia, a Enciclopédia Judaica tem-no por “filho de Cush e neto de Ham” e ficou sendo conhecido pelo “grande caçador”. O seu reino compreendia Babel, Erech, Accad, e Calneh, na terra de Sinar, também chamada “terra de Nimrod (Gen. 10, 8-10; I Crón. 1, 10; Mic 5,6[14]
Da união entre NINGAL e SIN e nasceram:
INANNA (ISHTAR) a deusa do amor e da guerra;
UTU, o deus do sol, mais tarde chamado SHAMASH.
Além destes deuses e deusas outras personagens humanas se tornaram deuses, como DUMEZI que, nos seus primeiros anos de vida, foi um governante mortal, mas que da união conjugal com a deusa Innanna alcançou para a sua terra a fertilidade e a procriação.

Daí em diante os deuses (UTU, BABBAR), deuses menores e semi-deusas multiplicaram-se na cosmogonia suméria, dando-nos conta dessa proliferação imensa a sacerdotisa Enheduana num dos hinos que escreveu em honra da deusa INANNA. Eis o que se diz desta sacerdotisa:

3.2- Quem foi Enheduana (ou En-hedu-ana)

  1. Parece ter sido uma princesa acádica que viveu no século XXIII a.C., talvez entre os anos 2285-2250);
  2. Há quem a considere filho de Sargão;
  3. Foi a primeira mulher na história a desempenhar o cargo de Alta Sacerdotisa;
  4. Serviu no templo da Deusa Lua Nana, na cidade de Ur;
  5. Foi igualmente a primeira autora da literatura universal da Filosofia e da História da Ciência, por ter sido a primeira a assinar as suas obras, enquanto escribas e outros autores que os houve, nunca as tinham assinado;
  6. Dirigia toda sorte de actividades, desde comércio, artes, agricultura;
  7. Ensinava nos Templos da cidade;
  8. Nos templos também eram ensinados matemática, ciências e especialmente o movimento das estrelas e dos planetas sobre os quais Enhedeuana procurou entender o movimento dos planetas pesados;
  9. Foi autora de 42 Hinos relativos a templos acádicos em diferentes cidades, na sua maioria hinos dedicados a Inanna;
  10. É, hoje, aceite que os seus hinos representam o primeiro esforço registrado na História da composição de uma teologia sistemática;
  11. Foi autora de "A Ascensão de Inana"ou "O Despertar de Inanna".
A primeira prova arqueológica da sua existência consiste num disco de alabastro (presentemente no Museu da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos), descoberto por Sir Leonard Woolley em 1925[15].

3.3- Nome colectivo de Deuses na Suméria

Na língua suméria, os deuses tinham o nome genérico e colectivo DINGIR cuja forma plural era a sua duplicação, DINGIR-DINGIR ou a forma sufixada Dingir-A-Ne-Ne). Por outro lado, cada um deles era, habitualmente, associado a uma determinada cidade, subindo ou descendo de importância consoante a subida ou descida da importância política e social dessas mesmas cidades. Eis a razão pela qual cada um desses deuses se tornava mais ou menos conhecido e adorado conforme os impérios ou as circunstâncias políticas variavam no tempo e no espaço.
Como entre os sumérios havia seres humanos superiores e inferiores, os seus deuses vieram a ser considerados como sendo seres superiores que tiveram necessidade de criar os homens para que os servissem como seres inferiores ou escravos. Mais tarde, porém, viram-se obrigados a libertá-los, visto esses seres inferiores terem chegado a alcançar uma tal força que se sentiram capazes de se rebelarem contra os seus criadores.
Os deuses, no entanto, não se deram por vencidos e, de vez em quando, furiosos com o procedimento dos seus seres criados, enviavam-lhes punições que se materializavam nas calamidades naturais, tais como os terramotos, os vulcões, as inundações entre as quais ficou emblemático o dilúvio. Essa ideia arraigou-se de tal forma entre os sumérios que passaram a acreditar que o seu destino estava, de facto, debaixo da vontade dos deuses, ideia que, aliás, se perpetuou entre os povos subsequentes, encontrando-se, ainda hoje entre muitos dos nossos contemporâneos.
Relativamente à ideia que tinham do universo, era habitual considerarem-no como um disco plano que era fechado por uma cúpula de latão (cf.http://magiaemsuavida.blogspot.pt/2010/08/povo-magico-bruxaria-dos-primordios-ii.html).
Quanto à vida para além da morte eles acreditavam que o ser humano depois de fechar os olhos iria habitar um local subterrâneo onde passariam uma vida miserável por toda a eternidade. Tal local viria a ser denominado Sheol, entre os próprios hebreus.
O culto prestado às divindades tinham um local apropriado. Inicialmente era praticado num Templo cuja estrutura assentava numa nave central flanqueada por cubículos que serviam para a residência dos sacerdotes. Numa das extremidades desse corredor encontrava-se o altar dos sacrifícios, construído, normalmente, de tijolos de barro cozido, sobre o qual se depunham as oferendas, constituídas de animais ou de produtos naturais da agricultura.
Mais tarde, com o aparecimento e desenvolvimento das grandes cidades e com o crescimento da economia passaram os sumérios a construir, no topo de montes artificiais, grandes construções que eram constituídas por várias plataformas e enormes escadarias, vindo a chamar-se Zigurats dos quais ainda restam alguns exemplares, embora em ruínas[16].

4- Código de Ur-Nammu[17]

4.1- Quem foi Ur-Nammu

UR-NAMU, além de ser o fundador de uma dinastia (a IIIª de Ur, na Suméria) que mais tarde dará origem a um importante império, autoproclamou-se rei da Suméria e Acádia e notabilizou-se também pela sua obra interna, destacando-se: a promulgação do primeiro código de justiça surgido na Mesopotâmia; a construção de importantes canais de rega; a construção de fortificações e de diversas obras de embelezamento. Foi sucedido pelo seu filho UTU-HEGAL, o único representante da V Dinastia de Uruk[18].
Ur-Nammu sentada passando o governo ao Ḫašḫamer, ensi of Iškun-Sin (cylinder seal impression, ca. 2100 B
Estamos perante um Cilindro, munido de um selo (cilíndrico) impresso que data cerca do ano 2100 a.C[19]. Nesse selo encontra-se impresso provavelmente Ur-NMMU, sentado entregando o governo a Ḫašḫamer, o superintendente de Iškun-Sin[20], cerca do ano 2100 a. C[21]. Tratar-se-ia do Sumo-sacerdote do deus SIN. Este sacerdote Ḫašḫamer é conduzido à presença do rei Ur-Nammu por uma Lamma[22]. O deus SIN está representado, nesta figura, pelo crescente lunar.

 Estatueta em bronze de Ur-Nammu
Encontrado em Uruk no Suldo do Iraque e pertence, ao que tudo indica, à
Terceira Dinastia de Ur, cerca do ano 2100-2000 a.C.

Parece que esta estatueta, em bronze, representa Ur.Nammu, o rei de Ur (cerca do ano 2112-2095); é representado, aqui, com um cesto de terra à cabeça para fazer tijolos, sendo assim representado para o considerar constructor do Templo. Parece também que foi feita para ser colocada na sua sepultura e foi encontrada nas fundações do Templo de Uruk[23].
.

4.2- Código de Ur-Nammu (1º código, hoje conhecido)


O código de Ur-Nammu ou Ur-Namma foi o primeiro Código Legislativo da Hhumanidade, até hoje conhecido. Apesar de ter sido descoberto depois do Código de Hammurabi é muito mais antigo do que este último. Na verdade, aquele foi escrito no ano 2.010 a.C. o de Hammurabi só o foi entre 1792-1750 a.C[24].
  1. Efectivamente, em 1901 foi manifestada a descoberta do Código de Hammurabi, tendo sido considerada a sua consignação no período de 1792-1750 a.C.
  2. Posteriormente foram encontrados as leis da cidade de Eshnunna que deverão pertencer ao período que vai do ano 1800 a.C.ao ano 1930.
  3. Por último, até agora, foi encontrado o Código de Ur-Nammu, escrito no ano 2010 a.C., sendo, portanto, o Código mais antigo até hoje, conhecido[25].
Pedaços dos Cilindro do Código de Ur-Nammu e pormenor da sua escrita cuneiforme[26]

MS na língua suméria, em terra-cota, pertencente ao reinado do rei Shulgi (2095-2047 a.C.) 1 cilindro de l. 28 cm de diâmetro; 12 cm; 8 colunas (originariamente 10 colunas); 243 linhas em escritura cuneiforme.

 Ruínas do Ziggurat de Ur-Nammu[28]

As leis deste Código são mais indulgentes do que as do Código de Hammurabi, pois a lei deste último “olho por olho, dente por dente” encontra um paralelo no Código de Ur-Nammu que diz:

  • “Se um homem arrancar um olho a outro homem, ele deve pagar-lhe uma mina de prata”.
         “Se um homem arrancar um dente a outro homem, ele deve pagar-lhe dois shekels de prata” [27].
Zigurat de Ur restaurado[29]

5- Agumas Leis do Código Ur-Nammu

5.1- Prólogo

Inglês
Português
After An and Enlil had turned over the Kingship of Ur to Nanna, at that time did Ur-Nammu, son born of Ninsun, for his beloved mother who bore him, in accordance with his principles of equity and truth...
Então AN e ENLIL devolveram o reinado de Ur a NANNA, e nesse tempo em que Ur-Nammu, filho nascido de NINSUN, a sua querida mãe o deu à luz, segundo os seus princípios de equidade e verdade…
“Then did Ur-Nammu the mighty warrior, king of Ur, king of Sumer and Akkad, by the might of Nanna, lord of the city, and in accordance with the true word of Utu, establish equity in the land; he banished malediction, violence and strife, and set the monthly Temple expenses at 90 gur of barley, 30 sheep, and 30 sila of butter.
Então fez Ur-Nammu o altíssimo guerreiro, Rei de Ur, Rei da Suméria e da Acádia, pelo poder de NANNA, senhor da cidade e de acordo com a verdadeira palavra de UTU, estabeleceu equidade na terra; ele baniu a maldição, a violência e a fome e fixou as despesas mensais do Templo em 90 gur de cevada, 30 ovelhas e 30 silas de manteiga.
He fashioned the bronze sila-measure, standardized the one-mina weight, and standardized the stone weight of a shekel of silver in relation to one mina... The orphan was not delivered up to the rich man; the widow was not delivered up to the mighty man; the man of one shekel was not delivered up to the man of one mina."
Ele estandardizou as medidas de sila de bronze, o peso da mina e o peso da pedra de shekel de prata em relação à mina…
O órfão não foi deixado à mercê do rico; a viúva não foi entregue ao homem poderoso; o homem de um só shekel não foi entregue ao homem de uma mina.

5.2- Grupo de 32 Leis


Inglês
Português[30]
1. If a man commits a murder, that man must be killed.
2. If a man commits a robbery, he will be killed.
3. If a man commits a kidnapping, he is to be imprisoned and pay 15 shekels of silver.
4. If a slave marries a slave, and that slave is set free, he does not leave the household.
5. If a slave marries a native (i.e. free) person, he/she is to hand the firstborn son over to his owner.
1. Se um homem cometer um homicídio, então ele deve ser morto.
2. Se um homem cometer um roubo, ele deve ser morto.
3. Se um homem cometer um sequestro ele deve ser posto na cadeia e pagar 15 shekels de prata.
4. Se um escravo casar com uma escrava e esta escrava for liberta, ele não pode deixar a casa (do dono)
5. Se um escravo casar com uma pessoa, nativa (i.e livre), ele ou ela deve deixar o primogénito ao seu dono.
6. If a man violates the right of another and deflowers the virgin wife of a young man, they shall kill that male.
7. If the wife of a man followed after another man and he slept with her, they shall slay that woman, but that male shall be set free. (4 in some translations)
8. If a man proceeded by force, and deflowered the virgin slavewoman of another man, that man must pay five shekels of silver. (5)
9. If a man divorces his first-time wife, he shall pay her one mina of silver. (6)
10. If it is a (former) widow whom he divorces, he shall pay her half a mina of silver. (7).
6. Se um homem violar o direito de outro e desflorar a esposa virgem de um homem jovem, eles devem matar o homem másculo.
7. Se a esposa de um homem seguir atrás de outro homem e este dormir com ela, eles devem matar essa mulher, mas o homem deve ser libertado.
8. Se um homem levado à força e desflorar a virgem escrava de outro homem, esse homem deve pagar cinco shekels de prata.
9. Se um homem se divorciar da primeira esposa, ele deve pagar-lhe uma mina de prata.
10. Se essa tiver sido (a antiga) viúva da qual se divorciou, ele deve pagar-lhe meia mina de prata.

11. If the man had slept with the widow without there having been any marriage contract, he need not pay any silver. (8)
13. If a man is accused of ssorcery he must undergo ordeal by water; if he is proven innocent, his accuser must pay 3 shekels. (10)
14. If a man accused the wife of a man of adultery, and the river ordeal proved her innocent, then the man who had accused her must pay one-third of a mina of silver. (11)
15. If a prospective son-in-law enters the house of his prospective father-in-law, but his father-in-law later gives his daughter to another man, the father-in-law shall return to the rejected son-in-law twofold the amount of bridal presents he had brought. (12)
17. If a slave escapes from the city limits, and someone returns him, the owner shall pay two shekels to the one who returned him. (14)
18. If a man knocks out the eye of another man, he shall weigh out a mina of silver. (15)
19. If a man has cut off another mans foot, he is to pay ten shekels. (16)
20. If a man, in the course of a scuffle, smashed the limb of another man with a club, he shall pay one mina of silver. (17).
11. Se um homem tiver dormido com a viuva antes de ter havido contrato de casamento algum, ele não tem de pagar-lhe nenhuma prata.
13. Se um homem for acusado de bruxaria ele deve suportar o suplício da água; se ele for provado inocente, o seu acusador pagará 3 shekels.
14. Se um homem acusar a esposa de outro homem de ter cometido adultério, e for provado que ela é inocente, então o homem que a acusou deve pagar um terço de mina de prata.
15.Se um genro em perspective entrar na casa do seu sogro em perspectiva, mas o seu sogro em perspectiva mais tarde der a sua filha a outro homem, o sogro em perspectiva deve devolver ao genro em perspectiva rejeitado duas vezes o todo do presente que ele tinha trazido.
17. Se um escrava escapar dos limites da cidade e alguém o devolver, o dono deve pagar-lhe (como prémio) dois shekels.
18. Se um homem arrancar um olho a outro homem, ele deve pagar-lhe uma mina de prata.
19. Se um home tiver cortado um pé a outro homem, ele deve pagar-lhe dez shekels.
20. Se um homem no decurso de uma escaramuça esmagar a perna a outro homem com um maço, ele deve pagar-lhe uma mina de prata.
21. If someone severed the nose of another man with a copper knife, he must pay two-thirds of a mina of silver. (18)
22. If a man knocks out a tooth of another man, he shall pay two shekels of silver. (19)
24. [...] If he does not have a slave, he is to pay 10 shekels of silver. If he does not have silver, he is to give another thing that belongs to him. (21)
25. If a mans slave-woman, comparing herself to her mistress, speaks insolently to her, her mouth shall be scoured with 1 quart of salt. (22)

21.Se alguém magoar o nariz de outro homem com uma faca de cobre, ele deve pagar dois terços de uma mina de prata.
22. Se um homem arrancar um dente a outro homem, ele deve pagar-lhe dois shekels de prata.
24. (...) Se ele não tiver um escravo, ele deve pagar-lhe 10 shekels de prata. Se ele não tiver escravo ele deve dar-lhe alguma coisa que pertença a si.
25. Se a escrava de um homem ousar comparar-se à sua mestra e falar insolentemente contra ela, a sua boca deve ser esfregada com um quarto de sal.
28. If a man appeared as a witness, and was shown to be a perjurer, he must pay fifteen shekels of silver. (25)
29. If a man appears as a witness, but withdraws his oath, he must make payment, to the extent of the value in litigation of the case. (26)
30. If a man stealthily cultivates the field of another man and he raises a complaint, this is however to be rejected, and this man will lose his expenses. (27)
31. If a man flooded the field of a man with water, he shall measure out three kur of barley per iku of field. (28)
32. If a man had let an arable field to a(nother) man for cultivation, but he did not cultivate it, turning it into wasteland, he shall measure out three kur of barley per iku of field. (29).
28. Se um homem comparecer como testemunha e for provado prejuro, ele deve pagar quinze shekels de prata.
29. Se um homem comparecer como testemunha, mas retirar o seu juramento, ele deve pagar o total do julgamento.
30. Se um homem cultivar diligentemente um campo de outro homem e ele levantar uma contenda, este deve seer rtejeitado e este homem perderá as despesas.
31. Se um homem alagar o campo de outro homem com água, ele deve medir três kur de cevada por cada iku do campo
32. Se um homem tiver deixado a outro homem o seu terreno arável para o cultivar, mas ele não o cultivar, deixando-o tornar-se inútil e improdutivo, ele deve medir três kur de cevada por cada iku do terreno.

 6- Divindades Sumérias


Lista dos deuses maiores, menores e semi-deuses
13 Divindades Maiores
16 Ddivindades menores

4 Semideuses e semideusas
AN (ANU) (Deus do Céu)
ISHKUR (ADAD) (Deus das tempestades)
INANNA ISHTAR (Deusa da fertilidade e da beleza)
ENKI
(Deus do (Abzu) das águas doces)
ANTU[31] (Deusa suméria da Terra)
ENLIL (Deus sumério do Ar, senhor das tempestades e outras manifestações naturais ligadas à atmosfera (raio e o Trovão).
SINKI (DAMKINA)
(Princesa subalterna e esposa, na terra, de Enki)
NANNA (OU INNIN, INNINI) ( O deus lua)
NINHURSAG (Deusa mãe da Terra)
NINGAL  ("Grande Senhorinha"), na mitologia suméria era a deusa da cana)
NINLIL (Deusa do Ar/Ventos e dos campos)
SHAMASH (UTU, BABBAR) (O deus Sol)
ZURI (Deus do equilíbrio)
ANSHAR (Deus do horizonte celeste)
Ereshkigal (senhora dos oceanos e irmã gêmea de Enki)
HUSBISHAG (Esposa de Namtar e a encarregada do livro da Morte)
ISINU (Mensageiro pessoal de Enki)
 NINKI (Primeira esposa de Enki e mãe de Marduk)
NAMMU (Mãe de todos os deuses e deusas, do céu e da terra)
KINGU (Dragão comandante das forças de Tiamat contra Marduk)
KISKIL-LILLA
(Deusa das tempestades noturnas e guardiã da Árvore Haluppu, cuja semente fora dada a Enki por Ereshkigal) 
NAMTAR
(Deus dos infernos)
NEBO (NABU) (Deus da sabedoria)
NERGAL (Representa o sol da tarde ou o solstício que traz a destruição)
NIDABA
(Deusa da fertilidade especialmente da palmeira)
NINISINNA (Deusa da cura)
NINKASI (Deusa da cerveja)
NUSKU (deus associado ao fogo e à luz)
TIAMAT (Deusa primordial ou Caos)
UTUKKU (Demónios bons ou maus).

GILGAMESH (Rei da Suméria, de caráter semi-lendário, e personagem principal da Epopeia do mesmo nome)
GESHTINASNNA (f) [32] (Deusa das vinhas e das estysações frias)
GUGALANNA[33] (a deusa do Reino da Morte
HUMBABA[34] (Monstro gigante gerado em tempos imemoriais para guardar a Floresta dos Cedros, isto é, a morada dos deuses).



6.1- Grande lista das Divindades Sumérias[35]


A lista que propomos, de seguida, menciona:

Legenda

A=Acádico
Ab=Arábico
Am=Ammonita
Ar=Arameu
As=Assírio
B=Babilónico
C=Cananeu
Ca=Cartaginês
Ch=Caldaico
D=Dilmun
E=Elamita
Eg=Egípcio
Et=Etrusco
G=Grego
H=Hittita
He=Hebraico
Hu=Hurrita
I=Indio
K=Kassita
M=Moabita
P=Fenício
Pe=Pérsico
R=Romano
S=Sumério
Se=Semita
Si=Sidónio
Sy=Siríaco
T=Tibetano
U=Ugarítico



1ª Coluna: Nome da divindade; descrição sumária e Cidade de que é patrono
2ª Coluna: Símbolo pelo qual é representada a divindade;
3ª Coluna: Relações de parentesco;
4ª Coluna: Comentários acerca da divindade;
5ª Coluna: Como é conhecida noutras civilizações

6.2- As quatro divindades Primordiais


Divindades
Símbolo
Relações
Comentários
Também conhecidos como
ANA


Grande pai dos deuses, rei dos deuses, dues sol

(Erech )

Estrela
Esposo de Antu, pai de Ninhursag, Enlil e de Martu; Filho de Ki e de Nammu.
AN foi, em tempos, a cabeça dos deuses do panteão sumério
O seu culto e poderes passaram, mais tarde, para Enlil.
Anat (As, C, Ch, S, Eg), Anatu (As), Anath, Anu (A, As,B,H,Hu,S,Sy), Anum
ENKI
 Senhor das Águas, Sabedoria, e da Criação, e da fertilidade. Inventou a escrita; Guarda das Leis divinas; Criador dos primeiros homens.

(Eridu)
Duas serpentes entrelaçadas num bastão. Avisou Ziusudra do iminente dilúvio
Filho de Nammu. Pai de Dumuzi, Ninsar, Uttu, Ninmu, Nindurra, e de Asarlubi. Marido de Nintu.
-
Lumha (S), Nudimmud (B), Ea (S,A,B), Amanki (B)
ENLIL
Senhor da chuva, ventos e do ar. Inventor dos utensílios da agricultura. Criador do dilúvio ou "amaru" para destruir a humanidade
(Nippur)
Sete pequenos círculos
Violou Ninlil. Irmão ou marido de Ninhursag (as fontes diferem). Pai de Ashnan, Nergal, Ninazu, Ninurta, e de Nanna. Filho de Ki e de An.
Ki é também conhecido com Nammu.
Sucedeu a An como cabeça do Panteão sumério
Adad (As,B,C,S), Bel (B,S), Illillos (S), Ishkur (A,H,S), Lil (S)
NINHURSAG
Grande Deusa Mãe. Dos nascimentos. Rainha das montanhas






-
Filha de An e de Nammu. Mãe de Ninurta, Martu e de Ninkasi. Frequentemente foi considerada como irmã de Enlil, mas também como sua esposa.
-
Ninlil (S), Ningal (S), Aruru (As,B,Ch,S), Baú (A,B,P,S), Belit (B,S), Belit-Illi, Belitis, Ga-Tum-Dug (S), Gula (A,B,S), Innini (S), Ki(S), Nammu (S), Ninkarrak (B,S), Ninki (S), Ninmah (S), Nintu (S), Ninurta (A,C,S)

6.3- As Sete Divindades que decretam o Destino

Divindades
Símbolo
Relações
Comentários
Também conhecidos como
AN

Grande pai dos deuses, rei dos deuses, dues sol

(Erech)
Estrela
Esposo de Antu, pai de Ninhursag, Enlil e de Martu; Filho de Ki e de Nammu.
An foi, em tempos, a cabeça dos deuses do panteão sumério
O seu culto e poderes passaram, mais tarde, para Enlil.
Anat (As, C, Ch, S, Eg), Anatu (As), Anath, Anu (A, As, B,H,Hu,S,Sy), Anum
ENKI Senhor das Águas, Sabedoria, e da Criação, e da fertilidade. Inventou a escrita; Guarda das Leis divinas; Criador dos primeiros homens. 
        ( Eridu )
Duas serpentes entrelaçadas num bastão. Avisou Ziusudra do iminente dilúvio
Filho de Nammu. Pai de Dumuzi, Ninsar, Uttu, Ninmu, Nindurra, e de Asarlubi. Marido de Nintu.
-
Lumha (S), Nudimmud (B), Ea (S,A,B), Amanki (B)
ENLIL Senhor da chuva, ventos e do ar. Inventor dos utensílios da agricultura. Criador do dilúvio ou "amaru" para destruir a humanidade (Nippur)
Sete pequenos círculos
Violou Ninlil. Irmão ou marido de Ninhursag (as fontes diferem). Pai de Ashnan, Nergal, Ninazu, Ninurta, e de Nanna. Filho de Ki e de An.
Ki é também conhecido como Nammu.
Sucedeu a  An como cabeça do Panteão sumério
Adad (As,B,C,S), Bel (B,S), Illillos (S), Ishkur (A,H,S), Lil (S)
INANNA Deusa do amor, fertilidade, procriação e da guerra. Rainha dos animais e Protectora de Aratta

 (Erech)
Estrela de Oito ou dezasseis pontas.
Filha de Nanna e de Ningal. Esposa de Dumuzi. Antigas Tradições dão-na como filha de An. Segundo outras nartrativas é irmã de Gilgamesh. Irmã de Utu, Nanshe, Ninisinna, Ninmug, Nidaba e de Ereshkigal.
-
Absusu (S), Ianna S), Ishtar (A,B,Ch,Se,S), Tamar (He), Annis (S)
NANNA
Deus Lua

(Ur)
Crescente.
Pai de Utu e de Inanna. Filho de Ninlil e de Enlil. Marido da "Grande Senhorita",,Ningal.
-
Sin (A,B,S)
NHURSAG

Grande Deusa Mãe dos nascimentos.

Rainha das montanhas.
-
Filha de An e de Nammu. Mãe de Ninurta, Martu e de Ninkasi. Frequentemente foi considerada como irmã de Enlil, mas também como sua esposa.
-
Ninlil (S), Ningal (S), Aruru (As,B,Ch,S), Baú (A,B,P,S), Belit (B,S), Belit-Illi, Belitis, Ga-Tum-Dug (S), Gula (A,B,S), Innini (S), Ki(S), Nammu (S), Ninkarrak (B,S), Ninki (S), Ninmah (S), Nintu (S), Ninurta (A,C,S)
UTU

Deus Sol da Justiça.

(Larsa)
-
Filho de Nanna e de Ningal. Pai de Mamu. Irmão de Inanna.
-
Shamash (B), Babbar (S)

6.4- Os Anunnaki [36]

Divindades
Símbolo
Relações
Comentários
Também conhecidos como
ASHNAN

Deusa do grão
-
Filha de Enlil.
-
-
EMESH

Deus da agricultura
-
Irmão de Enten.
-
-
ENBILULU

Indigitado por Enki para ser o encarregado do Tigris e do Eufrates.
-
-
-
-
ENKIDU

Deus dos proprietários de terras e dos rendeiros
-
Adversary of Dumuzi. Companion of Gilgamesh.
-
Enkimdu (S), Eabani (S), Enkita (H)
ENTEN

Deus da agricultura
-
Irmão de Emesh.
-
-
ERESHKIGAL

Deusa de Arallu
-
Sister of Irmã de Gugalanna.
-
Allat (A), Allatu (A), Alukah (C), Ganzir (Se), Ningirda (S)
ISHKUR

Deus dos ventos e dos relâmpagos.
-
-
-
Adad (A,B), Iskur (S), Enlil (As,B,S), Immer (S), Mer (B,S), Mermer (S), Mur (S)
KABTA

Deus das formas do tijolo e da picareta
-
-
-
    ---------------------------------------
LAHAR

Deusa dos rebanhos.
-
-
-
  ----------------------------------------
MUSHDAMMA

Deus das fundações das casas
-
-
Mushdamma
  ----------------------------------------
NANSHE
Deusa da moral e ética da sabedoria, das viúvas, dos órfãos e das opções dos homens; Procuradora da justiça a favor dos pobres

(Lagash)
-
Esposa de Haia. Irmã de Inanna.
Nanshe
    -----------------------------------------
NERGAL

Deus das pragas, do mundo subterrâneo e dos fogos. Supremo legislador de Arallu
-
Filho de Enlil and Ninlil. Irmão def Ninurta.
-
Meshlamthea (S), Nirgalu (B), Gira (S), Enmesarra (B,S), Enmesharra (B,S), Ira(S), Lugalmeslam (S), Malik(S), Mekel (S), Reshef (Sy)
NIDABA
Deusa da escritura e das narrativas. Padroeira dos Arquivos do Palácio.

-
Irmã de Inanna.
-
   ------------------------------------------
NINGAL

Deusa Sol.
-
Esposo de Nanna.
Mãe de Utu e de Ianna.
-
Aruru (B,Ch,S), Ninhursag (A,S), Ninmah (S), Nintu (S)
NINURTA

Deus do Vento Sul, da irrigação, do cobre dos fornos de fundição do cobre e da fertilidade. Deus guerreiro.
-
Filho de Ninhursag e de Enlil. Irmão de Nergal.
-
Ennammasht (S), Ningirsu (S), Ninhursag (A,S), Ninib (S), Ninkilim (S), Ninsubur (A,B,S), Ninurash (S)
NINISINNA
Deusa da cura e da medicina

(Isin)


-
Irmã de Inanna.
-
Ninedinna (B)
NINKASI (SE)

Deusa da preparação da cerveja e do álcool.
-
Irmã de Ninhursag.
-
Ninkas (S, Se)
NINLIL

Deusa do grão (cereais)
-
Filha de Nunbarshegunu. Violada por Enlil, às v ezes é referida como sua irmã. Mãe de, Nanna, Nergal, e de Ninazu.
Identificada com o dues Babilónico Mullitu/Mylitta.
Belit (B,S), Haya (B), Ninhursag (A,S), Ninki (S), Ninlilla B), Nisaba (S)
SUMUQAN

Deus das plantas e das planícies sumérias.
-
-
-
-
UTTU

Deusa da tecelagem, dos tecidos e da vegetação.
-
Filha de Enki e de Nindurra.
-
-

6.5- Semideuses e Heróis

Divindades
Símbolo
Relações
Comentários
Também conhecidos como
ADAPA

Criado por EA para governor sobre o homem.
Recusou o pão e a água que lhe garantiria a vida eternal e em vez disso trouxe aos homens a doença, e a morte.
-
-
Possivelmente é a fonte para a história de Adão.
Adapa Uan (S), Addu (Ar)
DUMUZI

Deus Pastor sobre a fertilidade das plantas, animais, estábulos e rebanhos
-
Marido de Inanna. Irmão de Geshtinanna. Filho de Enki e de Ninsun. Adversário de Enkimdu.
Rei histórico de Erech que foi deificado.
Damu (S), Tammuz (B), Ziapsu (S)
GILGAMESH

Um terço hohomem e dois terços deus. Procurou Utanapishtim para alcançar o segredo da imortalidade.
-
Filho de Ninsun e de Lugalbanda. Companheiro de armas de Enkidu. Segundo uma fonte ele é irmão de Inanna.
Rei histórico de Erech que foi deificado.
Gizdubar (Ch), Izdubar, Gishgimmash (H)
GESHTINANNA

Deusa dos vinhos do Outono. Poetisa, cantora e intérprete dos sonhos. Conhecida como a “Senhora da Desolação”, “Senhora do Vinho”; “Inventora do Inferno” e Bibliotecária do Céu”
-
Irmã de Dumuzi. Filha de Ninsum.
-
-
GUGULANNA

Touro do Céu
-
Marido de Ereshkigal.
-
-
KHUMBABA

Guardião da Floresta dos Cedros de Amanus. Derrotado e aprisionado por Enkidu e Gilgamesh.
-
-
-
Hubaba (E), Humbaba (A,B,S), Hum-ba, Humhum, Huwawa
KUR

Monstro do mundo subterrâneo
Pintou o espaço vazio entre a crosta terrestre e o mar. 
-
-
-
-
ZIAPSU
-
-
-
Dumuzi (S)
ZIUSUDRA

Rei de Sippar que foi avisado da iminência do dilúvio.
-
Filho de Ubartutu de Shuruppak. Foi-lhe concedida vida eterna por An e Enlil
Possible source of Noah.
Ziusura (S), Utnapishtim (B)

 




[3] http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cities_of_Sumer_(en).svg
[4] http://www.waa.ox.ac.uk/XDB/tours/mesopotamia9.asp; (Extraído de http://go.hrw.com/atlas/span_htm/iraq.htm)
[5] Leick, Gwendolyn: A Dictionary of Ancient Near Eastern Mythology (NY: Routledge, 1998), p. 8
[6] In Gods, Demons and Symbols of Ancient Mesopotamia: An Illustrated Dictionary University of Texas (Aug 1992) p.106
[8] Nesta mesma mitologia Gaia sozinha gera Urano, Ponto e as Oreas (montanhas). Gea, com Urano gera os 12 Titãs: Oceano, Céos, Crio, Hiperião, Jápeto,Teia, Reia,Témis, Mnemosine, Febe, Tetis, e Cronos.
[9] Bíblia sagrada de Matos Soares, 1964, p. 1216 .
[10] Confere a nossas palavras “Mãe”, “Mamã”. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa define Mamã desta maneira: “ origem controversa, talvez de origem afectiva). s. f. [Portugal, Informal]  Designação usada pelos filhos para se referirem à mãe (http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx?pal=mam%C3%A3). Re a origem da palavra “Mamã” no site seguinte « http://www.marxists.org/portugues/vygotsky/ano/pensamento/cap03.htm», tenmta provar que tal palavra provém do balbuciar natural da criança ao querer pedir à mãe qualquer coisa. Mas eu creio que as nossas palavras “Mãe e “Mamã” devem ter uma relação muito íntima coma palavra suméria MAMMU, a Deusa-Mãe. E, possivelmente, esta palavra suméria teria tido uma origem nesse balbuciar infantil.
[13]http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://bibarchae.tripod.com/003_god_monster_Ninurta_Nimrud_drawn.jpg&imgrefurl=http://bibarchae.tripod.com/003_god_monster_Ninurta_Nimrud.htm&h=211&w=300&sz=37&tbnid=AAxNGhZQX_sFvM:&tbnh=80&tbnw=114&prev=/search%3Fq%3DNinurta%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=Ninurta&usg=__9r4ZFHdmYOQIzNvP_owLpRAJcKg=&hl=pt-PT&sa=X&ei=ZaoFUJbZLq6T0QWH0qDaBw&ved=0CCYQ9QEwCQ
[15] http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_sum%C3%A9ria (17-07-2012). Esta lista fornece os links para fácil consulta de cada um dos nomes apresentados.
[20] http://books.google.pt/books?id=n0B403vX60cC&pg=PT21&dq=meaning+of+ensi&hl=pt-BR&sa=X&ei=eIcCUfymOIiphAeYyYHIBw&sqi=2&ved=0CC0Q6AEwAA
[22] The Sumerian term lamma refers to a minor deity who is beneficent and protective. Generally the lamma was anonymous
[27] Cf. Leis 18 e 22  código, aqui sbsixo. Uma mina equivalia a 1/6 de um talento e a 60 shekels (1 shekel era igual a 11 gramas)
[29] Ibidem.
[30] Nossa tradução a partir da versão inglesa.
[31] Antu ou Ki (segundo os sumérios) era a deusa suméria da Terra e filha de Anshar e de Kishar esposa de Anu com o qual gerou os Anunnaki e os Utukku ou Utukki. Antu também era conhecida como a famosa Ninhursag.
[32] Era irmã de Dumezi e filha de Enki e de Ninhursag.Foi também uma poetisa e tornou-se a intérprete dos sonhos. Após a sua morte foi declarada deusa das vinhas e das estações frias.
[33] Gu-gal-ann-a:: O “Grande Touro do Céu”. Na lingual suméria é um nome composto de gu "touro", gal "grande", an "céu", -a "do").
[34] Segundo a Mitologia mesopotâmica Humbaba (nome assírio) ou Huwawa (nome babilónico) era um monstro gigante criado por UTU ou Deus Sol e guardava as portas da Floresta dos cedros que era considerada a morada dos deuses. 
[35] Esta lista foi por nós traduzida do inglês  que foi publicada no seguinte site: http://www.sarissa.org/sumer/sumer_g.php

[36] No mito da criação de Enuma Elish de Babilónia são tidos como divindades descidas dos céus para crearem várias cidades. Na Bíblia fala-se dos Nefilim, forma gramatical no plural de Nephal e que significa Gigante, Gigantes, (cf Génesis, 6. e Números, Num, 13,32ss).

 http://www.sitchiniswrong.com/nephilim/nephilim.htm

Essa descida sugere, antes, uma queda, descida ou aterragem. Com efeito, segundo o historiador e linguista, Zecharia Sitchin, especialista em traduções de tabletes para os sumérios e babilônios os Anunnaki eram, literalmente astronautas extraterrestres que aterraram na região onde se situa o Iraque, há 450.000 anos atrás, vindo com uma missão de mineração, que se estendeu desde o Oriente Médio até a África.Tais Anunnaki, formados inicialmente por um grupo de 50, e chefiados por EA/ENKI, o “Senhor Cuja Casa é a Água”, estabeleceram-se em três bases: ERIDU, EDIN e ABZU com o objetivo de obter ouro, em quantidades suficientes  para sanar os problemas no ecossistema de seu planeta natal, NIBIRU. Cf. o artigo do site: http://fatosufologicos.wordpress.com/2010/04/14/anunnaki/ (18-07-2012).

CF. também: e ainda:http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d1/Mesopotamian_cylinder_seal_impression.jpg/220px-Mesopotamian_cylinder_seal_impression.jpg&imgrefurl=http://pt.wikipedia.org/wiki/Anunnaki&h=156&w=220&sz=15&tbnid=zlMffwhk4Os4oM:&tbnh=81&tbnw=114&prev=/search%3Fq%3DAnunnaki%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=Anunnaki&usg=__Ga2duRwgIElkikfA8hGPXwnrQpQ=&hl=pt-PT&sa=X&ei=bd4GUOKUHIbOhAe9tYXJBw&ved=0CBoQ9QEwAg

7- Bibliografia

“A Mesopotâmia: a caminho da civilização” (1991). In Atlas de Arqueologia. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (pp. 98-101). Lisboa: Edições Zairol. LDA. Primeira edição em 1988 por Times Book Limited. Reimpresso e revisto em 1991 ou na edição de 1994:
Asimov, Isaac (1986). «Los acadios - Los nómadas conquistadores». El Cercano Oriente. Madrid: Alianza Editorial.
 Black, Jeremy and Green, Anthony (1992). Gods, Demons and Symbols of Ancient Mesopotamia: An Illustrated Dictionary University of Texas Press
Leick, Gwendolyn: (1998). A Dictionary of Ancient Near Eastern Mythology (NY: Routledge, 1998Leick, Gwendolyn: A Dictionary of Ancient Near Eastern Mythology (NY: Routledge),
Margueron, Jean-Claude (2002). « ¿El templo nació en la época de Obeid?». Los mesopotámicos. Fuenlabrada: Cátedra.
 Margueron, Jean-Claude (2002). «El dominio del agua». Los mesopotámicos. Fuenlabrada: Cátedra.
Margueron, Jean-Claude (2002). «El Imperio de Agadé». Los mesopotámicos. Fuenlabrada: Cátedra.
Margueron, Jean-Claude (2002). «El impulso del dominio del fuego y sus aplicaciones». Los mesopotámicos. Fuenlabrada: Cátedra.
 Margueron, Jean-Claude (2002). «El renacimiento sumerio de la III Dinastía de Ur». Los mesopotámicos. Fuenlabrada: Cátedra.
Margueron, Jean-Claude (2002). «La época de El Obeid». Los mesopotámicos. Fuenlabrada: Cátedra.
Margueron, Jean-Claude (2002). «La época del Dinástico Arcaico». Los mesopotámicos. Fuenlabrada: Cátedra.
Margueron, Jean-Claude (2002). «La evolución de la exploración arqueológica». Los mesopotámicos. Fuenlabrada: Cátedra.
Margueron, Jean-Claude (2002). «Las ciencias exactas». Los mesopotámicos. Fuenlabrada: Cátedra.
Margueron, Jean-Claude (2002). «Los inicios del Neolítico en Mesopotamia». Los mesopotá Margueron, Jean-Claude micos. Fuenlabrada: Cátedra.
Martha T. Roth. (1995). “Law Collections from Mesopotamia and Asia Minor." Writings from the Ancient World, vol. 6. Society of Biblical Literature.
 Woolley Sir Leonard (1924-1925). The Excavations at Ur, Antiquaries journal. [Offprint]: Editora: Soc. of Antiquaries, 1925.




Sem comentários:

Enviar um comentário